25.3.12

Coleção de culpas.



Todas as emoções eram frias, assim como o café já esquecido sobre a mesa. O quarto era penumbra, o coração continuava caminhando às cegas e os olhos não queriam ver. Nenhuma imaginação, porém, seria tão cruel, e então ela decidiu estar sonhando. Mas nem mesmo os pesadelos conseguiriam tamanha e terrível perfeição de detalhes.

4.3.12

Apenas começamos.


Agora, anos e anos após o primeiro encontro, ali estavam. Sentados naquele carro e transpirando ansiedade. No retrovisor ainda estava o filtro dos sonhos que ela insistira em pendurar. E, próximo dele, um crucifixo que ele mantinha ali por mais tempo do que era possível dizer.

2.3.12

(Im)perfeita.



Diante do espelho, ela examinava o próprio rosto com olhos críticos. Tocou as sobrancelhas perfeitamente aparadas, os olhos perfeitamente delineados, o nariz perfeitamente estruturado, os lábios perfeitamente proporcionais... Suspirou, descobrindo-se cansada em sentidos muito mais profundos do que gostaria de admitir.