19.12.11

Aila.



Coloquei o último enfeite e ajeitei a última lâmpada. Com um suspiro de alívio, me afastei alguns passos e comecei a observar minha árvore com olhos críticos. Por ser a primeira vez em trinta e quatro anos de vida que eu tinha a responsabilidade de montar a árvore de Natal, o nível mais alto a que minha esperança se atrevia a chegar era de que a árvore ficasse ao menos de pé depois que eu terminasse.

4.12.11

Linhas tortas.



Tudo sobre ele costumava agradá-la. O cabelo quase inexistente era muito sexy e o corpo forte, muito bom de se tocar. Ela adorava as mãos de dedos tortos e a mania chata que ele tinha de querer monopolizar o controle remoto. E ele parecia um ator de cinema. Jason Statham ou algo assim. Porém, ele odiava filmes de ação; preferia os bons suspenses, justo como ela.

2.12.11

Que seja.


E eu olhava para você. Não conseguia nem disfarçar. Tanto tempo havia se passado que agora meus olhos estavam famintos de você, do dourado sempre estranho dos seus olhos, dos seus dedos tortos que eu brincava de endireitar só para implicar com você...