Ela era uma daquelas malucas por controle. Odiava roupa amassada, cabelo despenteado, amor desencontrado. Costumava pensar que jamais teria alguém pra chamar de seu, que nunca seria o ela das conversas de um cara.
Viajava para praias no verão, montanhas no inverno e lugar nenhum na primavera. A mesma rotina, ano após ano. Sequer prestava maior atenção àqueles três meses de clima ameno e folhas douradas que insistiam em dançar ao sabor do vento.
Aqueles meses espremidos entre carnaval e festa junina apenas lhe diziam que era o momento de prender os cabelos e proteger os olhos da sujeira que poderia ser erguida das ruas a qualquer instante.
Tudo isso até que conheceu o ele de todas as suas conversas.
Smartphone sempre ao alcance das mãos, e aversão às redes sociais da moda; cabelos de surfista, e roupas de executivo. E quando ela pensava em cinema, ele falava sobre viajar para o Havaí; ele estava mais para pizza, ela tinha intolerância à lactose; ela preferia três colheres de açúcar, ele tinha uma academia dentro de casa.
Mas, de todos os amores, aquele nascido em um outono parecia ser o mais correto. O frio não machucava, e ainda assim havia abraços. O verão terminara há um minuto atrás, mas o calor humano ainda permanecia. E a primavera... Ah, a primavera estava inteira naquela pequena flor que ele lhe estendia.
- É linda - sorriu. - Obrigada.
- Eu te ajudo - sorrindo em resposta, ele pegou a flor e prendeu-a cuidadosamente nos cabelos compridos da moça bonita.
Olhando um nos olhos do outro, o tempo já não importava. Minutos, horas, dias ou anos poderiam se passar. Porém, para aqueles dois, o recomeço do outono seria todo dia.
P.S.: Tive a ideia desse texto depois de ler esse aqui :)
Viajava para praias no verão, montanhas no inverno e lugar nenhum na primavera. A mesma rotina, ano após ano. Sequer prestava maior atenção àqueles três meses de clima ameno e folhas douradas que insistiam em dançar ao sabor do vento.
Aqueles meses espremidos entre carnaval e festa junina apenas lhe diziam que era o momento de prender os cabelos e proteger os olhos da sujeira que poderia ser erguida das ruas a qualquer instante.
Tudo isso até que conheceu o ele de todas as suas conversas.
Smartphone sempre ao alcance das mãos, e aversão às redes sociais da moda; cabelos de surfista, e roupas de executivo. E quando ela pensava em cinema, ele falava sobre viajar para o Havaí; ele estava mais para pizza, ela tinha intolerância à lactose; ela preferia três colheres de açúcar, ele tinha uma academia dentro de casa.
Mas, de todos os amores, aquele nascido em um outono parecia ser o mais correto. O frio não machucava, e ainda assim havia abraços. O verão terminara há um minuto atrás, mas o calor humano ainda permanecia. E a primavera... Ah, a primavera estava inteira naquela pequena flor que ele lhe estendia.
- É linda - sorriu. - Obrigada.
- Eu te ajudo - sorrindo em resposta, ele pegou a flor e prendeu-a cuidadosamente nos cabelos compridos da moça bonita.
Olhando um nos olhos do outro, o tempo já não importava. Minutos, horas, dias ou anos poderiam se passar. Porém, para aqueles dois, o recomeço do outono seria todo dia.
P.S.: Tive a ideia desse texto depois de ler esse aqui :)
Achei lindo, viu?
ResponderExcluirE reconheço a inspiração! ahahhaahahhaha.
beijos.
Raíssa [smileonly-now.blogspot.com]
Hahaha Sem dúvida seu texto foi a inspiração :)
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