29.7.11

If (Entre o dito e o não dito).


- Alô?
- Oi! Uh... Tudo bem?
- Tudo ótimo.
- Bom. Certo... Eu...
- Eu sei.
- Pensei que não se lembraria.
- Como eu poderia esquecer?
- Não sei. Já esquecemos diversas vezes.
- Outros tempos.
- Outros tempos. Então, você vai vir?
- Estou diante da sua porta.
- Não brinca.
- Não brinco com a gente.
- Vou abrir a porta.
- E eu vou entrar.
- Tem certeza de que pode ficar?
- O que quer dizer?
- Isso não vai te criar problemas com... ela, a sua... namorada?
- Lembra do que a gente prometeu? Nada de falar de outras pessoas. Esse dia é nosso.
- Noite.
- Noite. Essa noite é nossa. Foi feita só pra gente.
- Eu devo ser maluca pra aceitar isso.
- Você não é maluca. Só sonhadora. Aproveita e sonha que o mundo é todo nosso e o amanhã não existe. Sonha, por essa noite apenas, que você é minha.
- E que você é meu.
- Eu sou seu.
- Por uma noite.
- Para sempre. Mas ninguém precisa saber disso. É o nosso segredo.
- Por que certas coisas são melhores se não forem compartilhadas, certo?
- Certo... Me diz.
- O quê?
- Que você me ama.
- Não posso.
- Por quê?
- Porque você não vai devolver o também que eu gostaria de ouvir.

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