Meu namorado tem um sorriso torto que acelera meu coração sempre que vejo. E ele adora sorrir nos momentos mais críticos, normalmente quando eu já estou derretida por ele. E isso não é raro; estar derretida por ele é meu estado normal.
Odeio quando ele larga a toalha molhada em cima da cama, mas deixo a pia da cozinha cheia de louça suja. Detesto o heavy metal que ele ama, e ele odeia minhas bandas pop. Ele apenas sorri diante da pia e me chantageia pra que a gente limpe a bagunça em uma noite tediosa de sábado qualquer.
Toda segunda ele promete pendurar as toalhas; eu acredito. Toda terça ele se esquece da promessa. E eu continuo esperando pela segunda seguinte. Eu ouço as minhas bandas durante a limpeza geral de sexta e ele põe um CD super barulhento pra tocar quando eu estou me sentindo preguiçosa no domingo. E sabe de uma coisa? Costuma funcionar. Com ele me atrevo a ser o que sou, sem medo de que ele me ache boa ou ruim demais pra ele.
Ele junta dinheiro pra ir à Grécia e eu adoraria conhecer Londres, mas nós dois vamos viajar juntos pro México em janeiro. Ele prepara o melhor arroz do mundo, mas não tem paciência para esperar um download terminar. Ele tem um abraço que sempre está lá pra mim; quando estou comemorando, quando estou preocupada, quando estou triste sem motivo, quando apenas quero abraçá-lo forte. Esqueço do mundo perto dele, me perco naquele abraço e o mundo deixa de ter importância por alguns minutos. É o melhor momento do meu dia.
É isso que eu gosto nele: essa contradição que o faz humano; essa beleza em todos os sentidos que o faz ser encantador; a personalidade cativante e que intriga ao mesmo tempo; o cabelo rebelde que parece atrair minhas mãos; o beijo que é o melhor do mundo; a inteligência que me deixa mais atenta; a caligrafia que eu demoro anos pra decifrar. Ele, por inteiro.
A campainha tocou agora a pouco. Eu não estava esperando ninguém, então demorei um pouco a abrir. Quando o fiz, uma margarida branca estava no chão, presa a um pedaço de papel. Só podia ser coisa dele. Peguei com todo o cuidado minha flor favorita e senti nos dedos e no rosto seu toque delicado. Como de costume, demorei alguns vários minutos em entender o que estava escrito no bilhete. Ri comigo mesma quando consegui: Quanto tempo foi dessa vez? Uma, duas horas? Mas você conseguiu decifrar, não é? Então já posso ir ao mais importante disso tudo: eu amo você.
Meu Deus do céu ! Eu amei seu texto guria. A poucos dias li um texto no mesmo estilo e que basicamente descreve tudo aquilo que esperamos do nosso "felizes para sempre" , tão diferentes dos de antigamente e sem dúvida mais felizes e completos. Eu tenho um "ele" pra chamar de meu, e quero muito que o futuro seja assim, exatamente como você escreveu. E você se ainda não o tem, espero que o encontre logo.
ResponderExcluirFelicidades :*
Não pude conter um sorriso que brotou em meu rosto ao ler esse texto. Lembrou-me muito do meu ex 1 e de como eu reclamava das músicas barulhentas dele. hahaha Agora, sinto falta daquele jeito maluco dele de ser. Enfim, adorei aqui. Seguindo. Bjo.
ResponderExcluirhttp://miasodre.blogspot.com/
Meu peito queimou no desejo de um ele que eu nunca tive. que eu ainda vou ter. tem certeza que não está escrevendo profecias, bru? Eu faria bom uso de uma dessas.
ResponderExcluirLindo, como sempre. E tão sincero...
Que beleza de se ler. Quando a gente ama de verdade, até o que não gostamos começa a fazer um bem enorme.
ResponderExcluirVejo isso claramente acontecer comigo: meu namorado ama futebol (comum da maioria dos homens), aí vivo 'pesquisando' para me envolver nos passatempos dele. rs e tudo fica fantástico!
Tornei-me seguidora!
:D
Palavras bonitas essas suas! Como de alguém que muito amor guarda. Um post mais lindo do que outro! Parabéns! Tem muito sentimento aqui!
ResponderExcluirmil beijos!