31.1.14

Não agora. (II)


Ana chegou ao hotel e tirou os sapatos que estavam apertando todos os seus dedinhos, e parecia que ela tinha uns cem naquele momento de tanto que seus pés doíam. Ela entrou no banheiro para se livrar da maquiagem e do penteado, tomou um banho e vestiu uma camisa larga que batia em seus joelhos.
Imediatamente se lembrou de como Rodrigo debochava dela por essa mania de usar camisas masculinas para dormir. Ele sempre reclamava que tinha a sensação de que ela tinha um amante que esquecia as roupas na casa dela. Ana sempre rebatia que, se ele estava mesmo tão incomodado, que começasse a ceder suas próprias camisas para ela. Mas ele nunca caía.
Uma batida na porta fez com que Ana franzisse a testa. Ninguém sabia que ela estava hospedada naquele hotel e menos ainda naquele quarto. Apenas Rebeca.

24.1.14

Quando? (I)


- Eu não sei por que eu vim.
- Você veio porque é minha amiga, e eu precisava de você aqui.
- Rebeca...
- Não, Ana. Não quero escutar nada do que você tem a dizer. Não agora.
- Foi um erro, sabe?
- Vir ao meu casamento foi um erro? Muito obrigada.