26.4.12

Trevor.


Seu nome era Trevor. Nem o uniforme, nem as botas sujas de uma terra que não era dele, nem a arma que provavelmente já havia matado muitos dos meus... Nada me impediu de sorrir e de me aproximar.
Ele era um homem bonito, pensei. Não bonito como meu pai ou o menino da casa ao lado. Trevor possuía uma beleza que não vinha apenas dos traços de seu rosto. Sua beleza era algo interior que, de tão grande e poderoso, acabava se mostrando também em seus olhos.

18.4.12

Disfarces.


Primeiro, foram as nossas datas especiais. Mas ele nunca foi muito de se lembrar delas, então eu sequer desconfiei. Mas depois foi o que ele havia comido no almoço ou o horário daquele programa de tevê favorito. E, ainda mais tarde, vieram os nomes dos netos, dos filhos e do nosso cachorro de estimação.

13.4.12

Evoluções inesperadas.


Nunca pensei que esse dia realmente chegaria; a minha expectativa agora jaz destruída, derrotada. E isso só torna as coisas ainda piores. Olho para trás e vejo todo o caminho que percorremos juntos e sinto uma dor em crescente no peito. A estrada vindoura não parece mais tão calorosa ou receptiva. De repente, me sinto como se estivesse perdido em meio a uma floresta, com animais à espreita e uma tempestade prestes a cair.